quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Conversa e Cappuccinos
Noites tranquilas. Conversa e cappuccinos. Ensaios e teorias sobre o futuro. Eu iria para África, era certo. Ele para o Alentejo. Revíamos todos os passos em direcção a esses futuros que seriam brilhantes, perfeitos, realizados. A conversa fluía como água. O estado do mundo, da humanidade. Teorias de caos e de ordem. A informação que trazíamos da academia e da rua desmistificada, analisada, criticada.
Diferentes em quase tudo o que seria mais superficial, rapidamente percebemos que reuníamos afinidades importantes e profundas. O mesmo signo e um certo respeito mútuo que nos fez sempre parar ao sentir que a fera estava prestes a saltar de dentro de nós. Mas mais do que tudo, o humor, a teatralidade. A cumplicidade na forma de caricaturar tudo à nossa volta.
Curiosamente, pensei escolher a OST do "África Minha" para musicar este texto. Nas tais noites de conversa e cappuccinos, era banda sonora habitual. Mas depois lembrei-me "da nossa canção". Só podia ser esta!
Continuamos amigos. Ele não foi o Alentejo, eu não fui para África. Os nossos presentes fazem-se de momentos brilhantes, perfeitos, realizados.
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Um comentário:
Verdade amiga, eu não fui para o Alentejo, felizmente digo-o hoje. Mas em boa hora que fizeste tu essa viagem que muito de bom tem trazido à tua vida! E de tal modo essas conversas fluíam como água (e que belas aguas-ardentes se iam descobrindo na magnifica garrafeira do teu pai :)) que se foram entranhando quais lençóis freáticos que apesar da distância física, possibilitando hoje e sempre, um oceano de coisas em comum. SIM e esta música a necessidade de afastar para crescer, as escolhas e os espinhos que eram sempre um atractivo para continuar! Que me recorde nunca houve entre nós uma explicação por que motivo fosse, que saudável! As coisas boas acontecem e assim se continue a viver ferozmente e a saber rir face ao impossível.
Beijos
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