quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Miúda
Continuo a não me sentir adulta. Crescida. Incomodam-me os "esquemas" dos adultos. As teias que tecem, as areias movediças que atravessam o meu caminho. Não quero. Não entendo. Não sei jogar. Não quero aprender. Hei-de ser sempre miúda.
Todos os dias digo adeus ao céu azul mas ele renasce sempre no dia seguinte. É a minha sina.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Tesouros
Sempre tive muitos amigos. Mantenho amizades que já levam décadas mas a lista continua a aumentar. Hoje dei comigo a pensar nas razões, se é que existem, que nos levam a manter com alguém uma relação tão complexa e essencial como é para mim a amizade.
Para início de conversa estas coisas dos sentimentos parecem não ter razões, motivos explicáveis, plausíveis de ser tratados de forma racional (as tais razões que a razão desconhece). Mas mesmo dentro da irracionalidade das emoções, acontecem coisas mais “explicáveis” que outras. Se pegar nos meus amigos e nas características de cada uma dessas amizades, umas surgem como óbvias, outras parecem estranhas e despropositadas. Aparentemente tudo me distancia daquele outro. Aparentemente.
Gostarmos de alguém que nos desafia revelando-se o nosso contrário é, sem dúvida, uma aventura perigosa. Mas as amizades, quando não forçadas pela convivência quotidiana, tal como as relações amorosas livres de regras comuns, tornam-se espaçosas e logo, aguentam melhor a pressão. A pressão que vem de dentro e também a que vem de fora. Afinal, “diz-me com quem andas dir-te-ei quem és”.
A verdade é que todas as diferenças podem ser apagadas com um único ponto de união. Uma faísca solitária e poderosa que nos prende, nos encanta e nos liga (para sempre ou não, dependendo do impacto) ao outro. A força destas relações reside justamente nisto. Na força imensurável de um pormenor inesperado que, num segundo, nos põe em causa e muda tudo. Somos obrigados a rever toda a matéria à medida que as contradições se avolumam e nos sufocam. Mas quando deixamos de racionalizar e nos entregarmos à intuição, tudo funciona.
Se nas relações amorosas a sofreguidão dá normalmente lugar à frustração, tipo - “ I can’t live, with or without you”-, na amizade (cuja velocidade cruzeiro permite outras manobras) a probabilidade de sucesso e durabilidade aumenta. Apesar disso, nunca é fácil nem pacifico. No fundo é como se déssemos cara e corpo às nossas mais íntimas contradições. E é aí que surge a revelação. Do confronto à resolução. No meio da guerra, a chave do tesouro.
Sou guardiã de alguns tesouros. Esta vai directamente para um deles. Uma música que me lembra aquele momento em que o fim da noite e o início do dia se tocam numa harmonia (aparentemente) impossível.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Absent minded friend
Compreendo-te melhor do que pensas. Faço por ti o que um dia já fizeram por mim. Remo e remarei sempre contra essa maré que apesar de parecer vir sempre a teu favor, vem contra ti. Podes continuar ausente, eu estou presente.
Alerta.
À espera.
À tua espera...
Well it's a silly thing
That I've been wondering
Shall we drink a toast to
Absent minded friends
To all who turn the corner and
To those who went round the bend
Everybody raise your glasses
Drink and drown
Melancholy for the masses
Love come down
Well it's a silly thing
That I've been wondering
Maybe you will never
Bridge the gulf
Baby you are just too sensitive
Are you numb enough?
Can we ever feel this
Impending void?
Have we become what we intended
To avoid?
Have you ever smiled for too long?
Till you're aching
Have you ever laughed till you cried?
Till your heart is breaking.
Have you ever smiled for too long?
Till you're aching
Have you ever laughed till your heart is breaking.
Well it'a a silly thing that I've been wondering.
Love is always riddled with
Selfishness
Few will find joy in their
Big success
From the sublime to the ridiculous in the
Blink of an eye.
Funny all too funny
You're a funny guy
If it'a too much to feel
Come this way my friend
Try to keep it unreal
Feels good to let yourself descend to pretend
We can transcend our everyday existances
No distances
How did we come undone?
Became what we've become
Have you ever smiled for too long?
Till you're aching.
Have you ever laughed till you cried?
Till your heart is breaking.
Have you ever smiled for too long?
Till you're aching.
Have you ever laughed till your heart is breaking.
How did we come undone?
Have you ever smiled for too long?
Till you're aching.
Became what we've become
Have you ever laughed till you cried?
Till your heart is breaking.
How did we come undone?
Have you ever smiled for too long?
Became what we've become
Have you ever laughed till your heart is breaking.
How did we come undone?
Became what we've become
How did we come undone?
Became what we've become
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