quarta-feira, 1 de abril de 2009
À Solta
De férias em Lisboa, o destino diário era a Costa da Caparica. Pequenos grupos que se juntavam a outros pequenos grupos até se tornarem num enorme grupo de adolescentes à solta na praia. Os do surf, os da bola à beira-mar, os das raquetes, os que permaneciam vestidos e pálidos na sombra. Os banhos que duravam horas, as conversas que se estendiam vagarosas até ao por do sol. Velhos e novos amigos davam novos mundos aos nossos mundos, enquanto a teia social se tornava mais densa e complexa. O sol, o mar e a areia tornavam tudo mais intenso, belo e com cheiro de liberdade. Acertavam-se combinações para a noite que chegava:
- Vamos onde?
- Vais com quem?
Só abandonávamos a praia quando o último raio de sol desaparecia no horizonte. Os corpos quentes, o sal e areia a picar por debaixo da roupa. A energia tranquila de um dia que se cumpriu e a adrenalina da noite por acontecer. Andávamos à solta e nada podia ser melhor. Lembro-me de ouvir esta música dos Maiden no regresso a Lisboa, num carro apinhado e com o vento a bater-me na cara. Hoje ouvi-a na rádio e soltaram-se estas memórias como ondas. Tenho a sorte de não saber até hoje o que são "wasted years".
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10 comentários:
Por cá o destino seria a bela da Trróia!!!
A praia da Galé... dias de sol tão quente que tenho a sensação de já não existirem tantos assim.
Na essência, o que descreves era tal e qual. As músicas que acompanhavam seriam outras. Como sei que gostas de Metallica, aqui fica uma que acompanhou este verão em particular: http://www.youtube.com/watch?v=ch80ySEJcsk
Caro Fumante,
Obrigada pelo "Until it sleeps"! Adoro e há muito tempo que não via este vídeo (tive que ouvir muito baixinho para não assustar os colegas...)
Sabes, é engraçado porque se tivesse escrito primeiro o texto, nunca escolheria os Iron Maiden para o musicar. Mas ontem ouvi o "Wasted years" na rádio e lembrei-me da tal viagem no carro apinhado e foram surgindo outras imagens... A nossa mente é realmente extraordinária!
A bela da Trrrróia, com o encontro marcado ao pé da bola de nívea.... Apá miga! ;)
Mas a música era outra (felizmente ihihihihih).
let´s get waisted!!!! uhuuhuhuh
Can i play with madness ??? Piece of mind, sweety... Until 2 minutes to midnight...
Essa "Payita"... HUMPFF!!!!! Nunca saberás a honrrrrra de crescer e errar ao som da NWOBHM... DAH!!!
Olé! Sr. Luís Francisco G Padrela...
NWOBHM????
Kéi???
Ouvi dizer que... ;)
Apesar do nome a New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.), traduzindo para o português Nova Onda De Heavy Metal Britânico não foi um movimento exclusivo da Inglaterra, pelo contrário, ele se espalhou pela Europa e pelo mundo.
Tudo começa no final da década de 70, quando bandas clássicas e já consagradas como Black Sabbath, Deep Purple, Uriah Heep, Blue Oyster Cult, Grand Funk Railroad e Budgie começam a serem eclipsadas no cenário músical pelo movimento punk (cada vez mais forte com bandas como Ramones, The Clash, Sex Pistols, Dead Kennedys, Exploited).
Com o New Pop e a Disco Music surge um movimento único de bandas que buscam resgatar o Heavy Metal tradicional, incluindo as particularidades do estilo, como vestuário e principalmente as letras sombrias.
Alguns consideram como sendo os grandes pais desse movimento o Black Sabbath (graças ao conteúdo de suas letras sombrias), o Judas Priest (com seu visual de motociclista) e Iron Maiden (considerada a banda de Heavy Metal mais influente do mundo, ao lado das outras cinco citadas acima), mas isso não leva em consideração a influência que exerceram vários outros grupos de Hard Rock e Heavy Metal dos anos 70.
"Rime of the Ancient Mariner" foi a primeira música de Iron Maiden (e de Heavy Metal) que ouvi. Um amigo meu apresentou-me ao Sr. Dickison w aua banda. Recordo um peso no peito, causado pelo som que saía ampliado pelas colunas. Diferente de tudo quanto tinha ouvido até então.
Depois... Bom depois foi a rendição a esta banda britânica. E seguiram-se muitas outras: "Hallowed be thy name" (talvez a minha favorita); "The Trooper" "The loneliness of the long distance runner"; "Flight of Icarus"; "Powerslave"; "Alexander the Great"... e por aí fora...
Quantas vezes desenhei o Eddie.
Hoje, a Dama de Ferro não passa de uma memória guardada no baú das boas recordações. Já não ouço Hevy Metal, mas foi bom recordar. Agora acho que vou ouvir qualquer coisa.
Quanto a wasted years não consigo estar tãocerto quanto tu...
masno final tudo tem a sua razão de ser
Sim, realmente tenho mesmo a certeza. Não escolhemos sempre o melhor caminho mas percebi há muito que isso não interessa nada. O que interessa são as riquezas que descobres em cada caminhar. E quanto a isso considero-me bilionária.
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