domingo, 11 de janeiro de 2009
Like Suicide...
Continuando no ambiente grundge, e porque ainda não tinha falado neles, faço agora justiça aos Soundgarden. Tal como o resto da rapaziada já mencionada (Pearl Jam, Alice in Chains e Stone Temple Pilots), fazem parte do meu imaginário e marcaram uma fase de vida. O álbum Superunknown ainda roda muitas vezes no leitor de cds e esta é a sua faixa nº15. Foi, desde sempre, uma das minhas preferidas. "Like suicide", fala de amor e tem (mais detectável nesta versão acústica) um ambiente Led Zepliniano mas mais dark, como aliás é comum no movimento grundge, e mais comum ainda na linguagem dos Soundgarden.
Constato agora que a frase "love's like suicide" continua a fazer sentido no amor vivido hoje, como fazia no amor vivido há 15 anos atrás. Se é verdade que o amor é fonte de libertação, que o acto de nos darmos a alguém nos pode tornar plenos, realizados, também é verdade que o amor nos aprisiona, não tanto ao outro mas a nós próprios. Porque exige um equilíbrio raro, um esforço constante. Porque o outro é um espelho no qual se reflecte o que temos de melhor e pior. E porque nos torna irracionais, frágeis tão a descoberto como uma conta à ordem por volta do dia 15!
A forma dramática como vivi os primeiros amores evoluiu apenas para uma versão aparentemente mais contida e estabilizada. Mas é meramente uma questão de aparências. Se já deixei de partir coisas no meio de discussões amorosas, continuo a desejar parti-las, e a minha cabeça é, nessas alturas, um contentor de cacos que se despedaçam em todas as direcções. É inevitável sofrer, é inevitável querer morrer e matar. Se não fosse assim, não seria amor. Certo?
Parece que sim. Parece que eternamente será sim.
Citando o final de uma das mais incríveis canções alguma vez compostas em Portugal:
(...) Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga, ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura
(Ornatos Violeta)
PS - para quem gosta de grundge, o vídeo tem imagens muito fixes desses tempos...
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2 comentários:
Musica muita,muito boa
Um pouco anarco-social-depressivódependente!.... mas um ganda som!!!
Tem dias...
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